domingo, 30 de agosto de 2009

Água para os atletas


Por certo já colocamos para todos, como era o Narciso (simplesmente), e agora narramos mais um causo inusitado que ocorreu também em um domingo, quando quase toda a família estava reunida.
Nesses dias alem de preservarmos os laços familiares, costumávamos promover algumas partidas de futebol de mesa, (o velho e extinto futebol de mesa), no qual os mais famosos times de futebol eram representados por botões, em número de 10 (dez), e mais um retângulo, do tamanho aproximado de uma caixa de fósforos, que representava o goleiro, dispostos sobre uma mesa, (campo), em que os times teriam que manter a forma tradicional de tática de futebol, (1 - 2 – 3 – 5). Um (1) goleiro, (caixa de fósforos), sob uma baliza (barra), (dois) 2 zagueiros, três (3), meio campistas, (2 laterais e 1 centro médio), e cinco (5) atacantes, (2 pontas, 2 meias e l centro avante).
O Narciso, não gostava dessa prática, o que gostava mesmo era de conversar, e dizia que esses jogos eram pura perda de tempo, que deveríamos aproveitar o momento para pormos ao menos as fofocas familiares em dia, portanto fazia de tudo para acabarem os jogos, o que não era aceito pelos participantes, e foi em um desse dia que se passou o fato.
Estavam jogando, nosso tio (também Narciso), e o mano novo, (Nilton), e eu estava atuando como juiz, quando chegou o (simplesmente) Narciso, falou com nossos pais, com nossa avó, em seguida dirigindo-se aos que estavam jogando, falou: pessoal vamos começar agora a partidas de fofocas, piadas, mulheres, cinemas, e cervejas, (que não pode faltar), é claro. Dar um tempinho aí mano veio, (assim falei), fica aí como gandula que a partida falta pouco para acabar.
Gandula? Retrucou-o, é muita pretensão de vocês que eu fique perdendo meu tempo, sendo gandula dessa joça de jogo! Então vai ser platéia, (falei), ele sorrindo disse: dito com essa convicção, aceito. O que quiserem é só pedir, um participante da platéia, pode ser garçom, carregador de recados, assistente do juiz, degustador e até se dispõe a ir até no mercado comprar as bebidas para o final dessa tão vibrante contenda, (todos se olharam), d’aí deve estar sendo elaborado um plano, avisou o Narciso (tio), é só esperar.
Nada irá acontecer, (falei), e pode ficar tranqüilo, o simplesmente Narciso, hoje está em estado de graça! Não é mano veio? É, podem ficar tranqüilos! Falou exibindo um sorriso meio de deboche.
Faltando alguns minutos para o final do jogo, surgiu o momento esperado pelo (platéia), foi quando o mano novo, (o Nilton), solicitou: por favor, Senhor garçom, traga água para os atletas. Agora mesmo senhor! E retirou-se do local as gargalhadas, e sem que nenhum de nós pudesse, fazer algo, ele aparece com um balde cheio de água, a qual foi jogada sobre a mesa, (campo) promovendo o final da partida de futebol de mesa. Ficamos todos atônitos, mas ele com a velha e tradicional tranqüilidade disse: como todos sabem sou obediente por natureza, o que fiz foi apenas atender a solicitação do técnico do time verde e branco.
Desculpem por ter sido exatamente na hora do tio bater o pênalti, que por certo empataria a partida, mas isto acontece entre os melhores clubes do mundo.
Distribuiu copos entre as pessoas e trouxe uma cerveja bem gelada, a qual acalmou de imediato os ânimos de todos.

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