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Na província de Wuhan
Eles soltaram uns dez
Pra ver se eles conseguiam
Andar com seus próprios pés
Foi aí que se lascaram
Eles se multiplicaram
Da poupa até o convés.
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Procuram uns cem morcegos
E fizeram a seleção
Somente os mais comestíveis
Sofreram a implantação
Depois dos bichos plantados
Levaram lá pra o mercado
Pra ser vendido em leilão.
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Os leiloeiros gritavam:
Venham logo pessoal
Aqui temos os morcegos
Mais gordinhos do local
Pensem num bicho gostoso
Quem comer vai sentir gozo
Com o morcego sexual..
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Aqueles com mais idade
Leva o morcego de graça
Nem precisa ser tratado
Podem comer lá na praça
Depois podem se deitar
Pois o gozo vai chegar
Sem que haja arruaça.
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Os velhinhos se abestaram
Com todo aquele alvoroço
Gritavam, quero morcego
De primeira, mas sem osso
Alguns comeram foi assado
Outros comeram guisado
Asa, sobrecu e pescoço.
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Como eles esperavam
Começou acontecer
Os velhos papa-morcego
Começaram adoecer
O antídoto tava escondido
Num lugar já esquecido
Povo nunca vai saber.
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Pegaram alguns doentes
E mandaram viajar
Pra ver se encontravam cura
Fora daquele lugar
Foi gente para o Japão
Outros pra o Afeganistão
Pro bicho se propagar.
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Assim foi determinado
Pelo supremo chinês
Vamos ter que deletar
Os velhinhos dessa vez
E assim é que acontece
Muitos velhotes perece
Logo no primeiro mês.
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Matou foi muito chinês
E sem controle nenhum
Espalhou-se pela china
Nunca matavam só um
O antídoto tava pronto
Só deixava o bicho tonto
Mas parava seu jejum.
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E então nesse momento
Resolveras exportar
Mandariam o bicho brabo
Pra tudo que era lugar
Europa, França, Bahia
Quem pegava adoecia
Não tinha como escapar.
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A coisa foi se espalhando
Por todos os continentes
Pra onde você olhava
Só via gente doente
Remédios não existiam
Só o idosos morriam
Deixando o chinês contente.
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No início do ano vinte
No Brasil ele chegou
Lá no comando em Brasília
No congresso alguém gritou
Tá chegando o carnaval
Quem falar vai se dar mal
E o bicho se espalhou.
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E na calada das noites
E também urante o dia
O povão todo na rua
Era aquela euforia
O povo se deleitava
Corria, pulava, cantava
O politípico apenas ria.
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Estava chegando a hora
De tomarem as providencias
Reuniram autoridades
Pra disputar competência
A autoridade compete
O povo só obedece
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Dessa forma foi escrito:
Fica assim determinado
Governador ou prefeito
É que está autorizado
Cada Estado é nação
Nem olhem pra União
Criem decreto adoidado.
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26 Estados e um Distrito
São vinte e sete nações
Cada um com suas leis
Esqueçam as leis da União
São Estados Desunidos
Quase todos já falidos
Todos de cuias na mão.
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E nesse tumulto todo
No pais ninguém se entende
O político que é honesto
Não ensina, só aprende
Aprende como roubar
E como se aproveitar
Diz que apenas se defende.
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E o pobre povo coitado
Fica vendo o fumo entrar
Se ele vai para a rua
Polícia manda voltar
Diz que é bom pra saúde
Só o besta é quem se ilude
E em casa tem que ficar.
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E quando ele está em casa
Nem tempo tem de sorrir
Pois a esposa estressada
Manda logo ele sair
Você vai ter que lavrar
Aqui não é seu lugar
Me deixe sozinha aqui.
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E as crianças coitadas
Ficam na televisão
Acompanhando o Chaves
Desenhos e filmes de ação
Estão distantes da escola
Também do jogo de bola
Pense numa arruação.
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O pais tá quase parado
Funciona o essencial
Está em plena atividade
Farmácia, posto, hospital
Transporte, comunicação
Armazéns de construção
E a força policial.
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O transporte coletivo
Os órgãos assistências
Os postos de combustíveis
Previdências sociais
Também agropecuária
Até casa funerária
Estes são os principais.
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Você não pode ir à praia
Nem andar no calçadão
Não vai frequentar a praça
Nem está em aglomeração
No máximo uma vez ao dia
Pode ir na padaria
Onde você compra o pão
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E lá no supermercado
Só entra de dois em dois
Apenas um por família
Um vai antes outro depois
Antes tem a higienização
Álcool em gel lava a mão
Pra ter feijão, sal, arroz.
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Mas em casa a coisa é feia
Casal pra lá e pra cá
Um olha a cara do outro
Não dá mais pra aguentar
A sua mulher morena
Ao passar a quarentena
Vai quere se separar.
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A noite na camarinha
Só transam de forma estranha
Estando os dois mascarados
Mulher gata, homem aranha
O zorro só come a zorra
Se antes que o ato ocorra
Tem que tirar toda xanha.
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A Sabrina muito esperta
Disse ao marido Miguel
Você vai ter que lavar
Seu pinto com álcool em gel
Na hora ele quase morre
E até agora ele corre
Sabrina foi pra o bordel.
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Já a mulher do Oscar
Tá transando diferente
Ela transa todos os dias
Com um papelão na frente
Diz que é um modo incomum
Não corre risco nenhum
O Oscar tá bem contente
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E aquela mulher bem feia
Tá se sentindo feliz
Mandou fazer uma mascara
De uma modelo atriz
Foi da modelo Gisele
Só mudou a cor da pele
Já transou com quem bem quis.
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Transar papai e mamãe,
Frente a frente nunca mais
Voltar ao modo macaco
Um na frente o outro atrás,
Fazer com as leis exigem
Vamos voltar às origens
Também somos animais.
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Meu avô tomou Viagra
E vovó foi agradar
Quando eles se mascararam
Foi aquele bafafá3
A velha não aceitou
Então o velho broxou
Os dois ficaram a chorar.
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Maria gorda e mané mago
Pense num casal feliz
Transam em cima do palco,
Ele é ator ele é atriz
Acharam boa a ideia
Mas queria com plateia
Só que a polícia não quis.
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É fato que o corona vírus
Mudou todos os conceitos
Um deles e não se votar
Nos políticos já eleitos
Vamos provocar a mudança
Só vamos querer bem feito.
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Nos decretos dos governos
Ninguém pode ir à praça
Mas, vá na frente dos bancos
É gente feito desgraça
Os políticos estão olhando
O povo se aglomerando
E provocando arruaça.
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Se você vai para a praia
Ou anda no calçadão
Vai ver polícia adoidado
Se escondendo do ladrão
Então eles lhe enxotam
É chutado como bosta
Deixa de ser cidadão.
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E quem quiser trabalhar
Passa a ser fora da lei
Tu vai preso e algemado
Por qual motivo, não sei
Aquele que protestar
Até multa vai pagar
Tudo por ordem do “rei”
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Tão criando hospitais
Os chamados de campanha
O povo toma no franzido
Só o político é quem ganha
Todos superfaturados
Pra enricar os safados
Mas nem a polícia estranha.
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O povo já não aguenta
O congresso de safados,
Corruptos filhos da puta
Filho de pais desonrados
Passeata todos os dias
Pra ver se isso alivia
O estresse acumulado.
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Tem a imprensa marrom
Que só dá notícia ruim
Verdadeiro terrorismo
Todo momento sem fim
Quando se liga a TV
Da vontade de correr
Ou de virar manequim.
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Não se encontra um canal
Que não fale em pandemia
Dizem que em todo o
Morrem milhares por dia
Parece guerra biológica
Ou coisa antropológica
Isso é terror, tu sabia?
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A televisão só noticia
Fatos que causam só medo
Mas de mil covas cavadas
Parecia até brinquedo
Era os defuntos chegando
Os coveiros enterrando
Desse lugar me escafedo.
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Em um pais na Europa
Naquele que mora o Papa
Mortos vinham em caminhões
Para enterrarem na mata
Tavam exportando defunto
Como se exporta presunto
Isso é fato, não bravata.
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E quando contam os mortos
Por hora são mais de cem
Segundo o que eles afirmam
Não vai restar mais ninguém
Veiculam só terror
O povão diz, que horror!
Vai todo mundo pro além.
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Com todo mundo em casa
Bandido faz o que quer
Assaltam a luz do dia
Homem, menino, mulher
Tomam o carro, caminhão
Assaltam até lotação
Deixando o povão a pé.
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Até a vovó querida
E a titia Raimunda
As duas foram assaltadas
Vovó perdeu a corcunda
Se minha tia não deita
Tremendo feito maleita
Tinha perdido a bunda.
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É que as duas coitadas
Nada tinham de valor
A corcunda de vovó
Foi herança do vovô
E o bundão da titia
Com prazer ela exibia
Por isso o ladrão levou.
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Então vamos analisar
O que está acontecendo
Os políticos dos estados
Já estão enriquecendo
Construindo hospitais
Em Dólar não em Reais
Acho que você está vendo.
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Vocês vão ver os resultados
Quando a doença acabar
Com tantos hospitais novos
Quem eles vão ocupar?
Mas de mil leitos comprados
Serão todos sucateados
Ou os motéis vão comprar.
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E os novos respiradores
Comprados a preço de ouro
Todos superfaturados
Vão é falir o Tesouro,
Políticos de rabo cheio
O pobre povo no meio
Levando fumo no couro.
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Nem quero falar das mascaras
Que 100 custavam só dez
Hoje cinquenta é 10 dólares
Pra uso dos coronéis
Só vejo máscaras faltar
Praqueles devem usar
Tá invertido os papeis.
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Me parece que os políticos
Desse vírus estão imunes
Só quem morre é invisível
Mas isso ninguém assume,
Não morreu um Presidente
Nem Gene al de patente.
Só morre quem é estrume.
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O que vai acontecer
ão vai ser nada engraçado
Vamos movimentar o pais
Que há meses está parado
Todo parque industrial
Comerciante em geral
Quem não fechou tá quebrado.
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Tem muita gente sorrindo
Vendo o pais se lascar
Principalmente políticos
Mal caráter, carcará,
Abençoado pelo cão
Não tem amor à Nação
Vamos ver no que vai dar.
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Esperamos que a Justiça
Volte a imperar no pais
Prendendo que é bandido
Acabando com os covis
Banindo todos os corruptos
Filhos de pais prostitutos
Aí eu vou ser feliz.
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Mas nessa corona vírus
Botaram até apelido
É o Covid dezenove
Se foi na china eu duvido
,Botaram aqui no Brasil
O bicho que ninguém viu
Brasil vai ser aplaudido.
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Pra mim o confinamento
Serviu só para descansar
24 horas para o almoço
Café da manhã e jantar
Ficar de pernas pra cima
Fazendo versos com rima
Peidar, mijar e cagar.
60
Fecho com chave de ouro
Assinando esse cordel
Se não deu pra divertir
Desculpem esse menestrel
Espero que essa estória
Permaneça na memoria
Desse meu povo fiel.
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