quarta-feira, 8 de julho de 2009

A LOURA MIRAM CRISTINA


Todos ficaram pasmos quando a dona da casa, uma senhora que beirava os setenta anos, (porem de uma vivacidade que dava inveja as pessoas mais jovens, que a conheciam), chegou à sua casa parecendo um furacão, e falando palavras que para os outros nada significava. ”Até que em fim eu consegui realizar meu sonho”. Assim era a forma dela demonstrar sua euforia para todos.
Na juventude teria sido de uma beleza de chamar a atenção, por onde passava, isso pela sua pele branca e seus cabelos longos e loiros.
Nascida em uma cidade do interior bem distante da capital, veio para cá quando ainda era jovem, mandada pelos pais para estudar.
Recatada em seus atos, (porem não muito inteligente), a jovem Miram Cristina, dedicou-se inteiramente aos estudos com aplicação, alcançando seu tão sonhado diploma, (após l2 anos de estudos intenso), aos 40 anos de idade, conseguiu se formar em, anatomias, animal, vegetal e mineral.
Seu esposo um senhor sério, compenetrado, bastante diferente dela, (que era extrovertida por natureza), fazia questão de realizar todos os sonhos de sua bem amada, apenas um ele até o momento não tinha conseguido, isso porque ela tinha guardado só para si, e dizia que esse era um sonho que somente ela conseguiria realizar, e por isso não revelava a ninguém qual era.
Agora, depois de quase 60 anos tinha conseguido, e só assim contou para todos, era o sonho que ela vinha tentando realizar, e pelo qual dedicou boa parte de sua vida, e assim começou seu relato.
Desde criança que venho perseguido algo que para mim é de extrema importância, e eu só conseguiria sossegar quando tivesse alcançado meu objetivo, que era possuir um, mas adquirido com meus próprios esforços, pois ouvia as amigas de minha mãe falarem que possuíam um. e em minha casa não tinha, então resolvi que quando tivesse dinheiro suficiente também teria o meu. Assim através de uma pessoa amiga, fui até certo local e consegui um, em excelente estado.
Então, dirigiu-se até o seu carro e, trouxe pela mão um preto velho, de aproximadamente 100 anos, que outrora tinha sido escravo em um engenho, e que estava morando em um abrigo, o qual foi assim apresentado.
Pessoal esse aqui é o Sr. Elversom. Muito melhor que o das amigas de minha mãe. Isso porque ele é meu e somente meu.
CRIADO MUDO.
MUDO E SURDO, falou demonstrando felicidade.
Todos se olharam, sem entende como ele tinha conseguido realizar tamanha façanha!

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