domingo, 6 de dezembro de 2009

Réquiem para uma mãe


Amanhece; um sol exuberante ilumina com seus raios tudo que esta ao seu alcance, é de fato algo indescritível; para uns o máximo de exuberância, para outros apenas mais um dia que esta começando.
Será que aquele que vibra com o raiar de mais um dia é alienado, ou apenas uma pessoa, que tem a natureza como um símbolo de beleza? Como vamos identificar quem é ou não seu amante? Muito fácil: quem vibra canta hinos em louvor a mãe suprema é, e quem não, canta o réquiem à mãe natureza.
Como estamos nos comportando, ao certo em breve não conseguiremos mais ver tudo de belo que hoje temos o privilégio de ver, pois somos responsáveis diretos, e estamos assistindo a natureza aos poucos agonizando diante de nossos olhos, sem que tomemos uma atitude para salvar aquela que nos mantém vivos, parece um paradoxo, estamos matando nossa mãe.
Quando o ser humano visa apenas seu bem estar, esquece que sua sobrevivência depende da natureza; o homem sente-se feliz quando em finais de semana junta sua família e se refugia em lugares bucólicos, onde a mãe natureza mostra toda sua exuberância, sem cobrar dele nada, apenas que contribua para preservá-la sempre bela. Logo que se afasta do lugar conta aos amigos sempre vibrando do local onde esteve, mas em seguida começa a destruição, poluindo, degradando o meio ambiente, danificando as paisagens, sem o menor escrúpulo. Mas isso ele não conta para os amigos.
Estamos todos vendo ela aos pouco sendo destruída, sem a menor piedade, as autoridades que deveriam criar leis de preservação, criam leis que favorecem a destruição, o desmatamento.
Onde estão as matas ciliares, que favorecem a preservação das nascentes, a manutenção das margens, protegendo os rios contra o assoreamento.
Temos que tomar imediatamente uma atitude, sob pena de que as gerações futuras não tenham o direito como nós estamos tendo de convivermos e interagirmos com o que existe de mais belo, a natureza.
Estamos caminhando a passos largos, no sentido de não permitirmos que nossos “filhos” sobrevivam, estamos sendo mentores de uma fase em que mata atlântica, nascente de rios, manguezais, caatingas, vales, pantanais, lagos, florestas, geleiras, paraísos naturais e outros, sejam apenas fotos e pinturas expostas em grandes museus, para serem observadas por indivíduos que sejam obrigados a manter sobre seu corpo, tanques ou reservatórias de oxigênio que auxiliem sua respiração, isso porque sem o uso permanente desse apetrecho, os homens estarão condenados a não sobrevivência em um planeta inóspito, e totalmente inviável a sobrevivência do ser humano.
Seremos um planeta onde montanhas de sal serão observadas, por telescópios, super potentes localizados a milhares de quilômetros acima de nossas cabeças, sal esse advindo do sistema de dessalinização dos oceanos, que aos poucos irão sumindo, provocando grandes catástrofes que em progressão geométrica vão eliminando a grande população de um planeta outrora chamado terra.

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