domingo, 3 de janeiro de 2010

NÃO SEI COMO


Não sei como começar essa escrita, não sei por que, de quem tenho que falar, não merece apenas uma fala, merece um hino, um hino que seja uma jóia, um diamante perfeito, uma pérola raríssima, um universo inteiro, onde tudo pode ser dito, mas esse tudo, ainda será muito pouco para descrever tal figura.
Baixinha, 1,55 metros de altura, mas para mim era muita, devida sua moral, todas as vezes que tinha que olhá-la, achava que eu deveria ficar de joelhos, não de joelhos em frente a uma santa, e sim diante de uma MÃE, que sempre ensinou o caminho da retidão, do caráter, da hombridade, do respeito, da honestidade, do carinho tanto aos mais velhos quanto aos menores, da criatividade, e, sobretudo de saber contornar os momentos mais difíceis sempre com a cabeça erguida, ensinou principalmente o saber crescer, evoluir, sem ter que pisar pessoas para conseguir um objetivo, ser amigo de seus amigos, e nunca em nenhum momento fazer inimigos.
Louvo as palmadas que levamos quando criança, e até quando adolescentes, e porque negar, quando adultos, (já casado e com filhos), suas palmadas era ardentes, mas dadas com um carinho todo especial, porque eram ensinamentos, que ela estava transferido para nós, ensinamentos vindos de uma vida sofrida, onde se valorizava o mínimo para se ter o máximo. Não muito letrada, mas com seu pouco estudo lia para nós paginas e paginas de como a boa conduta só valorizava o homem.
Sempre estava de bom humor, e tinha uma paciência fora do comum, cantarolava canções antigas, baixinho, mas com certeza não distorcia nem a musica nem a letra. A figura da sogra de língua áspera, não correspondia a forma com que tratava suas noras, visto que para ela (se fossem problemáticas), as soluções terias que ser dadas pelos filhos,.
Jamais entreviu, nos assuntos marido e mulher, embora depois chamasse cada um em separado e transferia seus ensinamentos para ambos, sem tomar partido, mesmo sabendo que do outro lado a recíproca nem sempre era verdadeira, mas ela sabia tirar isso de letra.
Portanto, dona Maria Alves de Oliveira (Marialves), MINHA MÃE. Estou aqui de joelhos, de cabeça baixa, com lágrimas inundando meus olhos, tentando colocar todos os meus sentimentos de carinho, apreço e respeito, a figura de MÃE, SANTA, RAINHA, FORTALEZA, e tantos outros adjetivos que ainda serão poucos, para identificar uma pessoa tão fora do comum que a senhora sempre “FOI e É”, não somente para mim, mas para todos que tiveram a felicidade de conhecê-la.
Pedir-lhe que me abençoe; isso eu faço em todas as horas de meu dia-a-dia, mas peço que continues dando sua proteção àquele que apesar de já estar com a cabeça coberta por cabelos brancos, continua com a mesma inexperiência de quando ainda era criança.
Obrigado MINHA MÃE, por tudo de bom que me ensinaste.
A BENÇÃO MINHA MÃE.
Não sei como consegui.

2 comentários:

  1. Abenção minha tia-madrinha querida,onde quer q vc esteja!Tenho em minha memória a exata imagem descrita por seu amado filho Nivaldo.A paciência e generosidade são as caracteristica mais marcantes nas minhas lembranças. "Cinha" era assim q me chamava de forma muito carinhosa.Parabéns,primo-irmão!Mais uma vez vc me levou as lágrimas.Um enorme bjo e ABENÇÃO TIA MARIA QUERIDA!

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