domingo, 3 de janeiro de 2010

RECORDAR É VIVER


Estava pensando, aqui com meus botões, o tempo mudou, o progresso está cada dia mais presente nas vidas das pessoas.
Com o advento do computador, tudo se tornou mais fácil; é mais fácil estudar, fazer compras, namorar, viajar (e nem precisa sair de casa), você descreve para os amigos locais que nunca foi com tanta precisão que para eles de fato você esteve lá.
Sem falar dos amigos virtuais, você em muitos casos nunca os viu, mas manda e recebe mensagens de otimismo, que vem em momentos que de fato estas precisando, mas apesar de tudo, me parece que esta faltando algo nesse emaranhado de informações.
Não vejo as crianças brincando nas ruas, pipas, pinhões, bolas de gude, ou de vidro, peladas nas ruas com bolas de meias, ou de borracha, namoros em baixo de postes (com a luz acesa), e sob a vigilância da mãe da garota, nada disso existe mais, será que a criatividade das crianças, acabou? Os improvisos para se ter um carrinho de brinquedo, de onde um pouco se construía um tudo, podia ser um tijolo, uma lata de doce, e, os patins feitos com rolamentos usados, conseguidos através dos mecânicos nas oficinas da vida.
Velhos tempos, belos dias.
Em alguns lugares existiam os jornais de bairro, feitos pela molecada local, onde todos eram repórteres, jornalistas, diagramadores, revisores e até entregadores, (jornaleiros), onde o alvo eram as pessoas da vizinhança, inclusive com informações de utilidade pública; isso era criatividade.
Quando queríamos fazer uma pesquisa, íamos às bibliotecas, (locais onde grandes acervos e informações eram guardados), pára serem pesquisadas por qualquer pessoa; e hoje onde estão as bibliotecas? Nas memórias dos computadores, ou internet, onde se pode pesquisar, e copiar qualquer assunto sem termos a necessidade de conhecê-lo, ou ao menos perdermos nosso tempo lendo sobre assuntos que só interessam aos professores, (basta copiar sem que tenhamos que escreve uma só linha), e pronto, aí está nossa pesquisa, prontinha para ser jogada no primeiro deposito de lixo.
Então como ficamos nós, saudosistas, retrógrados, ultrapassados, sentemos em nossas cadeiras de balanço, ou deitemos em nossas redes, e, deixemos que o tempo passe?
Nunca! - Temos que aguçar a curiosidade dos mais novos, incentivá-los no sentido de que essa geração, nunca de perca nos emaranhados das informações, vindas das telas de um monitor, conseguidas através de um simples toque na tecla enter de um computador.
Vamos à luta, e quando possível, juntemo-nos aos mais novos, e contemos para eles nossas histórias de lutas e conquistas para alcançarmos nossos objetivos.
Não podemos ser alienígenas em nosso próprio planeta.

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