domingo, 1 de abril de 2012
A ÁGATA E O DIAMANTE
É assim a existência
Dos seres do universo;
Ninguém conhece o destino
Mesmo que seja o mais perto.
Porque tudo esta traçado
Mesmo que pensem errado
Mas está escrito certo.
Vejam as pedras preciosas.
Que é esse nosso tema;
Elas são a perfeição
Por isso se chamam gema
São raras e preciosas,
São sempre as mais famosas
E de beleza extrema.
Vejamos em particular
A nossa pedra afamada.
Que no caso é a Ágata
Que quando bem trabalhada
Torna-se uma joia fina
Dessa que nos alucina
No corpo da mulher amada.
São encontradas, amigos;
Nas larvas de um vulcão;
As mais belas são mais raras
Valem mais que um milhão
Não é fácil à encontrar
Precisamos trabalhar
Para ter uma na mão.
A nossa “pedra” a Ágata
Não é mais que um cristal
Que passou mais de mil anos
Pra se tornar colossal
Escondida e bem guardada
Nas rochas vulcanizadas
No mais profundo abissal.
E a outra. O diamante,
Negro como a escuridão.
Um diamante incomum
Desse que chama atenção
É um diamante raro
Por isso eu o comparo;
A um sonho; ilusão!
Esse tipo de diamante
Dizem que é espacial,
Não se origina na terra;
Por isso não tem igual.
É algo bem diferente;
Chama a atenção da gente
É algo quase irreal.
Esse nosso mineral
Não é formado na terra
Ele vem lá do espaço
E quando ele cai; soterra.
É resto de asteroide,
De estrela que explode
Como se fosse à guerra.
Por isso eles são tão raros
Os nossos dois minerais
São de fato valiosos
Porque são belos demais
Se fossem seres humanos
Com certeza não me engano
Formariam bons casais.
Nunca tinham se encontrado
A ágata e o diamante
Uma tão branca, opaca,
O outro negro brilhante
Mas ninguém muda o destino
Traçado pelo Divino
De forma tão intrigante.
Essa é mais uma história
Criada pelo destino
Que vai unir duas pedras
Que representam o fascínio.
Dois seres bem diferentes
Daqueles que fazem a gente;
Crer muito mais no Divino.
Na vida temos caminhos
Que a gente não conhece
Mas temos que passar por eles
Porque a alma obedece
Aos desígnios do destino
Traçado pelo Divino
Se alguém mudar, enlouquece.
Foi assim que se encontraram
A ágata e o diamante,
Ela bela e bem criada
Ele um cavalheiro andante,
Que andava sem destino,
Mas com jeito de “granfino”
Bem vestido, e bem falante.
E quando os dois se olharam
Apenas por um segundo;
Foi um olhar diferente
Aquele olhar bem profundo.
Olharam-se com a alma
Desse que o peito acalma
Mesmo estando moribundo.
Ela esboçou um sorriso
Desse acalentador
Ele apenas com um gesto
Deixou-a em um torpor
Desses que você quer fugir
Mas não consegue sair
É o inicio do amor.
Pararam por um instante,
Um com outro a sua frente;
Não deram uma palavra
Mas de forma bem dolente.
Ele apanhou sua mão
E, pois sobre o coração,
Que batia diferente.
Primeiro ele falou:
- Não quero saber quem és;
A partir desse instante
Estarei sempre ha teus pés
Serei sempre teu escravo
Mesmo que seja um bravo
Desses que são mais fieis.
Não fales; apenas ouça,
Nada tenho pra te dar
Apenas tenho o amor
Com eles podes contar
Sei que tu és de nobreza
Mas podes ter a certeza
Que quero te desposar.
Vou dar-te todo o amor
Que é o maior do mundo
Não ligues minha ousadia
Pois em fração de segundo
Vi-me morto e enterrado
Por nunca ter eu amado
Com um amor tão profundo.
Sou apenas um diamante
Pronto pra ser lapidado.
Mas só quero que aconteça
Se tiveres a meu lado;
Quero que tenhas a certeza
Falo-te na maior clareza
Estou louco, apaixonado.
Então com lágrimas nos olhos
Ela falou pra o rapaz
- Espero que nada temas
Que por ti serei capaz
De esquecer meu passado
E deixar tudo de lado
Partirei contigo em paz.
Desde que olhei pra ti
Dentro meu peito tremeu
Foi como fogo de brasa
Queimando tudo que é meu
Agora que estamos livres
Seremos sempre felizes
Si é vontade de Deus.
Contigo eu partirei
Na hora que você quiser
Não olho nem para traz
Si é isso que você quer
Estarei sempre em teus braços
Nunca sentirei cansaço
Faça-me sua mulher.
É que Deus escreve certo
Mesmo a linha estando torta
Quando alguém fecha a janela
Ele nos abre uma porta
Que é a porta da bondade
Dentro tem felicidade
É isso que nos conforta.
E aquela duas “pedras”,
Antagônicas na cor
Uma preta a outra branca
Mas que irradiam calor
Fundiram-se nessa história
Que fica em nossa memória
Tudo em nome do amor.
E assim as duas pedras
A Ágata e o Diamante
Nunca mais se separaram
Seguiram a vida adiante
Viveram sempre felizes
Nunca houve cicatrizes
Entre aqueles dois amantes.
Nivaldo Melo
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Amei todas suas cronicas, inclusive a primeira do Catecismo, quem não tem lembranças desse maravilhoso tempo...nossa infancia, tudo tão puro, os dias demoravam a passar, os anos também. Lembro bem que quando chegava as férias do colégio, era quando tínhamos direito de arrumar os brinquedos (mobílias de boneca) para curtir até a volta as aulas...quanta saudade!!! Parabéns...belo trabalho o seu! Abraços, Socorro Queiroz
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