sexta-feira, 3 de junho de 2011
CONTATO DIMEDIATO DO XGRAU
Esse causo eu vou contar
Mas, estou desprevenido
É um causo meio estranho
Mas de fato acontecido
No interior de Sumpalo
La no oeste esquecido
A história de um casal
Quase foi Abduzido.
Nesse dia eu estava
Zen. Mesmo, mas de verdade
Nos dias que nós estamos
Sem nenhuma vaidade
Totalmente desprovido
De qualquer das faculdades
E me foi assim narrado
Com muita propiedade
Foi quando, eu e minha véia
Saiamos, numa maior
Íamos fazer um passeio
La em Regente Feijó
Curtir um fim de semana
Na casa de minha avó
Ia ter shopp e dança
Com viola, coco e forro.
Nós estávamos em Prudente
Que é centro cultural
Onde eu e minha véia
Somos peça principal
Encenando ou cantando
Não somente no local
Por isso somos presentes
Onde tiver festival.
Mas, vamos a nosso causo
Escutem-me, mas sem furor
É um causo inusitado
Garanto isso ao leitor
Podem assinar em baixo
Quando lêem sem temor
E quando acabar o relato
Acreditem por favor.
Encaminhei-me a garagem
Pra o meu “Nisso” tirar
“Nisso” é nome de meu carro
Para ninguém se espantar
É batismo de meu sogro
No Nordeste, é popular
Pensem num cara hilário
Bom de a gente conversar.
Quando acionei o motor
Algo estranho aconteceu
Ficou tudo iluminado
Quando antes era um breu
Mas era luz diferente
Ate o descrente creu
A luz não dava nem sombra
Mas o carro escureceu
Ouvi algo se mexendo
Olhei no retrovisor
Vi a véia toda reluzente
Com cara de muito horror
Ai surgiu muito nítido
Um charuto voador
Emitido aquela luz
Era um disco voador.
Era um disco voador
Do tamanho de um CD
Mas o disco tinha asas
Vou descrever pra você
As asas bem reluzentes
Parecia o amanhecer
Um rabo cheio de luzes
Emitidas em fumê
A coisa parou ali
Na frente de minha véia
Ela deu aquele grito
Valei-me santa Pompéia
O que é que é isso meu ”Jotinha”?
Será isso uma alcatéia?
Mas alcatéia é de lobos!
Não vamos ter diarréia!
Foi quando sai correndo
E fui pra o meio da rua
Mas não encontrei ninguém
Verdade; nua e crua
Somente eu e a rainha
Vimos àquela cacatua
Reluzente, iluminada
Subindo como uma pua.
Rodava e batia as asas
Rodando cada vez mais
Ficou por cima das arvores
Alguns segundos, fatais
Subiu para o infinito
Com seu corpo de metais
Deixou somente saudade
Pois não veremos jamais.
Agora leiam o relato
De minha esposa amada
Ela viu tudo de frente
Ta muito mais abalizada
Pra descrever o que viu
Na saída pra balada
La da casa da vovó
Que ia ate de madrugada.
Meu véio foi à garagem
Para o “Nisso” esquentar
O motor estava frio
Feijó estava a esperar
Estava tudo escuro
Nós tínhamos que apressar
Íamos chegar bem depois
Da hora de apresentar
É que nós somos artistas
Dos melhores é bom saber
Eu brinco de Caterina
Ele toca pra valer
Tem o Mateus que é noivo
Do teatro bambolê
É bem assim que ensinamos
O que é arte pro cê.
Vamos agora o que interessar
Que eu estou descrevendo
Ainda esta nas retinas
Aquilo que estava vendo
Meu véio ligando o carro
E as luzes aparecendo
Ficou tudo iluminado
Fosforescente, me lembro.
De repente saiu de baixo
Do “Nisso”, lá na garagem
Uma coisa bem bonita
Parecia uma plumagem
De pássaro do paraíso
Vinha pedindo passagem
Tava bem iluminado
Foi quando faltou coragem
Veio em minha direção
De repente ali parou
Ficamos olho no olho
Ai ele se afastou
Eu dei um grito bem alto
Que meu véio se espantou
Lembro-me bem que gritei
È um disco voador!
*Era um disco voador
Do tamanho de um CD
Mas o disco tinha asas
Vou descrever pra você
As asas bem reluzentes
Parecia o amanhecer
Um rabo cheio de luzes
Emitidas em fumê
Era um disco colorido
Com luzes e muito mais
Iluminou toda rua
O terreno aqui atrás
Iluminou a calçada
E os nossos parreirais
Afirmo que essa história
Fará parte dos anais
Em Presidente Prudente
Todos se sentiram unidos
Para salvar dois artistas
Que são ali conhecidos
Assim o pessoal gritava
Lá na praça reunidos
Segurem nas pernas deles
Pra não serem abduzidos
Esse é um causo real
O primeiro em outros mais
Estou aqui pra ouvir
Estórias muito reais
Como essa que contaram
Com detalhes ate demais
Só nesses casos eu publico
Em blogs, TVs e jornais.
Espero que tenham curtido
Mais um conto inusitado
Que foi para mim descrito
Por dois artistas afamados
Jotacê e Nelma Melo
E eu me sinto confortado
Por ter passado pra vocês
Mais esse causo engraçado.
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CONTATOS DIMEDIATOS DO XGRAUS : A REVELAÇÃO
ResponderExcluirDepois de saber do causo
Logo fiquei pensando
buscando uma explicação
a ciência consultando
sem achar uma resposta
até pra santo apelando
mas sem nenhuma saída
já fui me preocupando
Mas depois eu me lembrei
de onde o casal morava
perto de uma mata
que sua casa ficava
Nessa mata bem de noite
muita coisa ruim rolava
sendo normal sexo e droga
pra quem ali frequentava
A casa desses amigos
era um sobrado bem alto
muro alto, protegido
pois tinham medo de assalto
a garagem bem fechada
para não ter sobressalto
Era a realidade deles
essa certeza ressalto
A verdade eu descobri
espero que não se oponha
pois este acontecido
não é coisa que envergonha
o vento trouxe da mata
duma maneira bisonha
Que enfestou a garagem
com fumaça de maconha
Isso explica as miragens
até alucinação
pois muito fumo na mente
reforça a imaginação
faz ver disco voador
provoca alienação
já se a gente é carente
Quer até abdução
Foi isso que aconteceu
Pra mim é quase certeza
explica o acontecimento
com lógica e com clareza
mas quero aqui pedir
com toda a minha franqueza
que o citado casal
não reaja com brabeza
Renato de Jesus Souza Silva (Jesus de Burarama)
Coordenador do Clube Amigos da Viola e do Cordel Caipira
(18) 8125 - 7375
também clubeamigosdaviola@hotmail.com