terça-feira, 14 de junho de 2011
Uma missiva emocionante.
Painho e Mainha
Sinto muitas saudades de vocês.
Queria poder dizer que amanhã vou comer a 'galinha de Mainha',
mas nem dá, tou muito longe agora e não sei mais quando vou voltar.
Tenho medo de um dia você ir pra outro lugar e eu nunca mais poder te ver..
Queria poder ler suas histórias, junto com você,
discutir sobre faculdade, escola, cursos,
te ajudar a fazer suas artes, te ajudar a mexer no computador,
queria te dizer 'te amo' pessoalmente, queria te abraçar..
A vida nos trás obstáculos que devemos passar pra aprender como encará-la.
Passamos por lutas, problemas, situações que parecem nunca acabar.
Mas estarei pedindo a Deus pra que esse dia de voltar pra 'minha terra' não demore.
Quero estar junto do Senhor e de Mainha, poder dizer que amo vocês e abraçá-los.
Estarei esperando ansiosamente por esse dia...
Lhes amo demais, Painho e Mainha.. ♥
Estou muito triste, pois a saudade me mata..
Amo vocês..
- Rafaella –
Maturidade
Fadinha; também sentimos muitas saudades de todos vocês, mas para nós é como se todos estivessem aqui bem pertinho, porque tenhas certeza de que mesmo distantes, estão muito próximos em nossos corações.
Queremos que faças dessa tua viagem um grande aprendizado, onde o amadurecimento será a Tonica principal. Às vezes se faz necessário que tenhamos momentos que possam parecer difíceis, mas é exatamente aí que nosso cérebro adquire maturidade, embora o coração recuse a aceitar.
Nunca pense que estas ultrapassando obstáculos; muito pelo contrário estás sim vivendo momentos de mudanças, de aperfeiçoamento, aí pode observar como vivem outras pessoas, como é diferente o comportamento de pessoas que embora iguais, têm outro tipo de educação, e não falo educação que se aprende nas escolas, é a educação que segundo o grande físico Albert Einstein que afirmava: A educação é aquilo que nos resta quando esquecemos o que aprendemos na escola.
. É essa educação que estou me referindo, o modo de vida, os costumes, o respeito pelo próximo, o respeito às diferenças
Garanto-te que voltaras “em breve” muito mais amadurecida, muito mais mulher, muito mais cabeça, sabendo dar um rumo a tudo que tens em mente tanto para ti quanto para os outros.
Passada toda essa fase de procuras, vas encontrando, mesmo que não notes, caminhos de decisões, saltando os obstáculos normais que a vida nos oferece, e vas transpondo tudo isso com mais maturidade e sabedoria.
E por fim tem algo mais que queremos te afirmar.
È com a distancia, que vemos o quanto amamos as pessoas que nos são caras, é com essa distancia física que descobrimos o quanto às vezes fomos rudes com pessoas que nos davam carinho.
Não fique triste, e nunca acredite que saudade mata, ela revive, aproxima, aumenta o afeto, é um sentimento de muita nobreza.
Amamos-te cada vez mais.
- Painho (Nivaldo), Mainha (Nanci) -
sexta-feira, 3 de junho de 2011
CADA CAUSO EM UM VERSO
Estava sem fazer nada
E resolvi só tentar
Fazer de verso uma historia
Com consistência sem par
Isso vai ser diferente
Garanto-lhes, mas com patente
Só vai ter verso decente
É assim que vou narrar.
A Nair me contou ontem
Que o seu amor não veio
Mas não ficou sem ninguém
Que ela não é bicho feio
Amanheceu bem quebrada
De passar a noite deitada
Traindo seu o camarada
Noite toda por e-mail.
O Mané ta cabisbaixo
Passou noites no bordel
Falou-me todo choroso
Vou morrer sem mausoléu
É que fui ontem à igreja
Falei com madre Tereza
Ela me deu toda certeza
Não existe são Manoel.
Hoje tudo é diferente
Está tudo evoluído
Mulher já pode ter filho
Sem transar com o marido
É só procurar o doutor
Que seja bom professor
Que ele faz sem amor
Menino ate colorido.
Quando Daniel viajou
Esqueceu de avisar
A sua esposa querida
Que não ia demorar
Qual não foi sua tristeza
Quando voltou, que surpresa!
Encontro foi a Thereza
Com outro no seu lugar.
Atanagildo Lisboa Nunes
Já sofreu um acidente
Teve sua genitália
Queimada com óleo quente
Somente entre os amigos
Hoje ele é conhecido
Por ter “aquilo” partido
Feito língua de serpente.
Antonio de Mello Verçosa
Ele é um cara bilíngüe
Quando a língua funciona
Mais parece um estilingue
Quando vai para a balada
Que chega de madrugada
Diz pra sua bem amada
Hoje fui um plurilíngüe.
O José Carlos Cardoso
Não se sabe ele quem é
Mas quando se diz Jotacê
É aplaudido de pé
Ele é bom de cantoria
Junto com Nelma Maria
Cantam e dançam noite e dia
Pra esse casal; meu Axé
Eu recebi de Jesus
Mas um Jesus de pijama
Resposta de um cordel
Que eu fiz em holograma
Fiquei bem lisonjeado
Pois esse cara é danado
É um poeta afamado
La de Minas; Burarama.
Quando se FAZ um amigo
Não é só por boniteza
Porque amigo não nasce
Aflora na natureza
Amigo é mais que família
A quem nunca se humilha
Está sempre na vigília
Ele é irmão com certeza.
Estavam curtindo musicas
Mas com letras de sentido
Com começo meio e fim
Porque alegra o ouvido
Hoje é difícil se ter
Músicas que nos dar prazer
É bom você esquecer
Se não quer ficar sofrido.
Quem acompanha o Verçosa
Trabalha de madrugada
Carregando quem não esta
Mais vivendo nessa estrada
Homem, mulher ou menino
Que tiveram seu destino
Cortado pelo Divino
Desta vida amargurada.
Já a mulher do Lisboa
Trabalha onde eu queria
Olhando as “prexerecas”
Dia e noite, noite e dia
Mas ela nem pensa nisso
É médica com compromisso
De conceito elevadíssimo
Formada em citologia.
CONTATO DIMEDIATO DO XGRAU
Esse causo eu vou contar
Mas, estou desprevenido
É um causo meio estranho
Mas de fato acontecido
No interior de Sumpalo
La no oeste esquecido
A história de um casal
Quase foi Abduzido.
Nesse dia eu estava
Zen. Mesmo, mas de verdade
Nos dias que nós estamos
Sem nenhuma vaidade
Totalmente desprovido
De qualquer das faculdades
E me foi assim narrado
Com muita propiedade
Foi quando, eu e minha véia
Saiamos, numa maior
Íamos fazer um passeio
La em Regente Feijó
Curtir um fim de semana
Na casa de minha avó
Ia ter shopp e dança
Com viola, coco e forro.
Nós estávamos em Prudente
Que é centro cultural
Onde eu e minha véia
Somos peça principal
Encenando ou cantando
Não somente no local
Por isso somos presentes
Onde tiver festival.
Mas, vamos a nosso causo
Escutem-me, mas sem furor
É um causo inusitado
Garanto isso ao leitor
Podem assinar em baixo
Quando lêem sem temor
E quando acabar o relato
Acreditem por favor.
Encaminhei-me a garagem
Pra o meu “Nisso” tirar
“Nisso” é nome de meu carro
Para ninguém se espantar
É batismo de meu sogro
No Nordeste, é popular
Pensem num cara hilário
Bom de a gente conversar.
Quando acionei o motor
Algo estranho aconteceu
Ficou tudo iluminado
Quando antes era um breu
Mas era luz diferente
Ate o descrente creu
A luz não dava nem sombra
Mas o carro escureceu
Ouvi algo se mexendo
Olhei no retrovisor
Vi a véia toda reluzente
Com cara de muito horror
Ai surgiu muito nítido
Um charuto voador
Emitido aquela luz
Era um disco voador.
Era um disco voador
Do tamanho de um CD
Mas o disco tinha asas
Vou descrever pra você
As asas bem reluzentes
Parecia o amanhecer
Um rabo cheio de luzes
Emitidas em fumê
A coisa parou ali
Na frente de minha véia
Ela deu aquele grito
Valei-me santa Pompéia
O que é que é isso meu ”Jotinha”?
Será isso uma alcatéia?
Mas alcatéia é de lobos!
Não vamos ter diarréia!
Foi quando sai correndo
E fui pra o meio da rua
Mas não encontrei ninguém
Verdade; nua e crua
Somente eu e a rainha
Vimos àquela cacatua
Reluzente, iluminada
Subindo como uma pua.
Rodava e batia as asas
Rodando cada vez mais
Ficou por cima das arvores
Alguns segundos, fatais
Subiu para o infinito
Com seu corpo de metais
Deixou somente saudade
Pois não veremos jamais.
Agora leiam o relato
De minha esposa amada
Ela viu tudo de frente
Ta muito mais abalizada
Pra descrever o que viu
Na saída pra balada
La da casa da vovó
Que ia ate de madrugada.
Meu véio foi à garagem
Para o “Nisso” esquentar
O motor estava frio
Feijó estava a esperar
Estava tudo escuro
Nós tínhamos que apressar
Íamos chegar bem depois
Da hora de apresentar
É que nós somos artistas
Dos melhores é bom saber
Eu brinco de Caterina
Ele toca pra valer
Tem o Mateus que é noivo
Do teatro bambolê
É bem assim que ensinamos
O que é arte pro cê.
Vamos agora o que interessar
Que eu estou descrevendo
Ainda esta nas retinas
Aquilo que estava vendo
Meu véio ligando o carro
E as luzes aparecendo
Ficou tudo iluminado
Fosforescente, me lembro.
De repente saiu de baixo
Do “Nisso”, lá na garagem
Uma coisa bem bonita
Parecia uma plumagem
De pássaro do paraíso
Vinha pedindo passagem
Tava bem iluminado
Foi quando faltou coragem
Veio em minha direção
De repente ali parou
Ficamos olho no olho
Ai ele se afastou
Eu dei um grito bem alto
Que meu véio se espantou
Lembro-me bem que gritei
È um disco voador!
*Era um disco voador
Do tamanho de um CD
Mas o disco tinha asas
Vou descrever pra você
As asas bem reluzentes
Parecia o amanhecer
Um rabo cheio de luzes
Emitidas em fumê
Era um disco colorido
Com luzes e muito mais
Iluminou toda rua
O terreno aqui atrás
Iluminou a calçada
E os nossos parreirais
Afirmo que essa história
Fará parte dos anais
Em Presidente Prudente
Todos se sentiram unidos
Para salvar dois artistas
Que são ali conhecidos
Assim o pessoal gritava
Lá na praça reunidos
Segurem nas pernas deles
Pra não serem abduzidos
Esse é um causo real
O primeiro em outros mais
Estou aqui pra ouvir
Estórias muito reais
Como essa que contaram
Com detalhes ate demais
Só nesses casos eu publico
Em blogs, TVs e jornais.
Espero que tenham curtido
Mais um conto inusitado
Que foi para mim descrito
Por dois artistas afamados
Jotacê e Nelma Melo
E eu me sinto confortado
Por ter passado pra vocês
Mais esse causo engraçado.
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