domingo, 28 de março de 2010

DE FATO, sim - DE DIREITO, nunca


Existem algumas diferenças (e diferenças evidentes), entre o que é de fato e o que é de direito, senão, vejamos alguns exemplos.
O Jonas é empresário, conseguiu por seus próprios meios, criar uma empresa de distribuição de medicamentos, mas por motivos alheios aos nossos conhecimentos, a empresa foi constituída em nome de seu irmão o Joaquim, portanto o Jonas é de fato empresário, mas de direito a empresa é de seu irmão, portanto legalmente, o Jonas não possui empresa nenhuma.
Mas, esse não é o roteiro de nossa narrativa, o exemplo acima é apenas ilustrativo. O que nos levou e descrevermos as estórias aqui são pesquisas feitas com pessoas que se diziam, traídas pelos seus parceiros, de fato, mas, não de direito.
- O Albericio; saia com sua cunhada, quando foi descoberto, elegou para a esposa que nunca seu ato poderia ser considerado traição, visto que ele estava com a irmã de sua mulher, portanto, ela não poderia se considerar traída, porque estava tudo em família e família nunca trai; de fato ele traiu, mas, de direito não.
- Jennifer, (morena carnuda), mantinha um romance secreto com o irmão gêmeo de seu esposo, romance esse que deixou de ser secreto no dia em que o traído deu um flagra. Recebeu por parte da mulher a seguinte afirmativa: como o cunhado parecia por demais com o marido, (eram gêmeos idênticos), não era traição, era engano, ela tinha certeza que estava mantendo relações sexuais com o marido. Portanto ele de fato foi traído, mas por direito tinha sido por engano.
- A esposa do Elias trabalhava, era secretária de um executivo em uma multinacional, e costumava pelo menos duas vezes por semana fazer umas horas extras (fora da empresa), um dia foi vista pelo marido saindo de um motel, acompanhada pelo executivo, que tinha acabado de executá-la. Pressionada pelo “galhado”, afirmou que nunca o tinha traído. Tendo em vista que sempre usavam camisinha quando do ato em si, portanto, para ela, ele foi sem nunca ter sido, ou seja: de fato ele era corno, mas, não de direito.
- Marilda e Venâncio são visinhos, nas noites em que o marido da Marilda está no plantão, eles se encontram no quintal da casa dela e, ali mesmo se amam, quando o Everaldo foi informado do caso, procurou os traidores para tomar satisfação, e recebeu deles a seguinte explicação: como o Everaldo também mantinha um romance às escondidas com e Ivete (esposa de Venâncio), os quatro nunca poderiam se considerar traídos, mo máximo poderiam se considerar vingados.
Portanto para eles (os quatro), eram traídos de tato, mas, de direito eram apenas ótimos amantes, que continuariam manter suas vinganças.
E assim ficam registrados os exemplos do que É DE FATO, MAS, NÃO É DE DIREITO

QUASE; POR UM TRIZ


Durante vários dias, encontrávamos do Albericio, caminhando pela área do estacionamento do conjunto residencial, onde ele morava, mas notávamos que algo de diferente estava acontecendo, é que o Albericio sempre se destacava pela sua irreverência, sempre alegre, cumprimentava as pessoas que por ele passavam, mas nos últimos dias estava ele sempre cabisbaixo, cabeça direcionada para os pés, braços pendentes, ombros arreados, um chapéu lhe cobria a cabeça, por certo algo de grave estava acontecendo.
Quando alguém se diria a ele, logo ele mudava a direção que estava caminhando, por certo o Albericio não estava disposto a manter um diálogo com quem quer que fosse.
Norma (esposa de Albericio) veio atender a amiga. Podemos conversar um pouco? Claro, pode entrar, e dessa forma a Clarice, iniciou o que para ela seria uma forma de desvendar o mistério que estava rondando aquela família.
Norma; estamos preocupados com o Albericio, que ultimamente vem se comportando de uma forma estranha, não conversa se retrai quando alguém chega perto, relaxou nas suas vestimentas, e isso vem preocupando todos nós, por acaso ele esta doente, desenganado pelos médicos ou esta acontecendo outro problema que nós pudéssemos ajudar a solucionar? Não Clarice, somente ele pode resolver o caso, é algo que depende exclusivamente dele, aguardem que ele vai lhes dizer de que se trata, tendo em vista que nem eu sei o motivo de tanta ludum.
Dias depois vimos que o casal, mas o único filho dos mesmos; estavam de mudança. De longe acompanhávamos tudo, sem poder tomar nenhuma atitude para manter a família morando ali, e muito mais por sabermos que mesmo tentando nunca conseguimos desvendar o mistério de tudo aquilo.
Dias e dias se passaram até que veio a tona o motivo daquela brusca mudança da família. Tínhamos como zelador do prédio o Marcelo, um cara trabalhador, que desempenhava suas funções de maneira irreparável, cumpria suas obrigações sem reclamar, e já trabalhava ali a mais de 10 anos, era de todos conhecido e chamava a atenção de todos; tinha o homem, cerda de 38 anos, bastante musculoso e sua altura é que mais o destacava, tinha 0,98 metros de altura, (era um anão), e esse anão tocou fundo o coração de Norma, esposa do Albericio.
Um dia sem que a Norma esperasse, chega em cada o Albericio, ela imediatamente colocou o anão na rede, e ficou balançando, o Albericio pergunta: quem esta na rede? È o Junior, que esta febril, (responde a Norma), Albericio foi para o quarto, e quando volta, a rede esta desocupada, ele tranquilamente se deita, e fica meditando, e pergunta: Norma o Junior onde está? Foi para o play ground, mas ele não estava febril? É,(respondeu Norma).
Então d”ai em diante começa o drama depressive do Albericio, se o Junior não está doente, e não é mais um garoto! Quem era aquele pirralho que estava na rede sendo paparicado pela Norma?

UM CORDEL MUITO SEX


Parece-me que foi ontem,/ que saí de Mirandiba,/ Lilia ia à frente, / com a saia bem comprida,/ a Ana Maria atrás,/ magra, feito uma lombriga,/ Elizeu pulava tanto,/ que parecia um guariba,/ o povo chorava atrás,/ assim foi a despedida.

Pessoal, nesse momento,/ não quero choro nem vela,/ antes de a gente partir,/ vamos rezar na capela,/ pedir para são Cornélio,/ guiar-nos com bem cautela,/ são seis dias de viagem,/ comida? Ta na panela,/ Queijo de coalho, rapadura,/ e água tem na gamela.

Fretamos um carro na praça,/ modelo quarenta e três,/ fretado pra trazer quatro,/ mas no embarque eram seis,/ Lilia, Eu, Elizeu e Ana,/ uma galinha pedrez,/
e um bode muito magro,/ foi presente da Inez,/
que era dona da barraca,/ onde a gente era freguês.

Como eu era a mais mimada,/ na frente com o condutor,/ mamãe no banco do meio, / Elizeu o cobrador,/ mandando em tudo a Ana,/ que parecia um doutor, / galinha vai para o chão,/ porque faz muito cocô,/ o bode estava na frente,/ amarrado no motor.

Só passamos quatro dias,/ pra chegar à capital,/ fomos recebidos na praça,/ pela banda marcial,/ composta por cem músicos,/ tudo profissional./ As músicas que tocavam, / eram frevos, carnaval,/ na banda tinha um pífano,/ noventa e nove berimbau.

Meu pai estava esperando,/ de terno, todo engomado,/ não era um militar,/ mas tava todo fardado,/ era o maestro da banda, / de soldados desgarrados, / todos de cabo pra cima,/ mas eram muito engraçados, / só o maestro era homem, / o resto, todos viados.

Fomos bastante aplaudidos,/ viva os filhos do dentista!/ E viva dona Lilia!/ que parece ser artista,/ das novelas da TV,/ aquela que é Globalista./ Tem churrasco preparado, / de batata com lingüiça,/ Depois, vai ter sopa e dança,/ no bairro da boa vista.

Passamos a primeira parte,/ e vamos para a segunda./
Quando estávamos estudando,/ com a professora Rai - munda, / a mais falada do bairro, / porque era bem corcunda, / trazia um cupim nas costas, / com uma curva profunda, / começando no pescoço,/ que terminava na bunda.

Imaginem eu estudando,/ aplicada até demais,/ estava, dentro da média, / ninguém, passava pra traz
, / estava sempre em destaque,/ das meninas e do rapaz,/ um gordinho, Rola dupla, / labutava na Petrobras./
Não! Ele vendia petróleo,/ mas das multinacionais.

O gordinho era enxerido,/ mas, eu o achava legal./
E o tempo foi passando,/ só brincávamos na moral,/
um dia saímos juntos,/ fomos lá num matagal,/
tiramos as nossas roupas,/ em cima de um jirau,/
foi quando me apaixonei, / pelo cara de dois pau.

Lilia sabia de tudo,/ e ficava injuriada,/ chamava-me num cantinho,/ dizia toda enjoada./ Esse gordinho é safado,/
acho que não vale nada,/ vou voltar para o sertão, / mas volto preocupada,/ vou saber só da notícia,/ a Mira ta embuchada!

Por isso minha filhota,/ procure mesmo estudar,/ só dê par esse safado,/ no dia que se casar,/ mas demore muito tempo,/ até você se formar,/ vamos ver se ele desiste,/ é de querer te lanchar,/ mãinha fica feliz,/ mas papinho vai vibrar.

Terminei o segundo grau,/ prestei meu vestibular,/ passei só Deus sabe como, / foi em primeiro lugar,/ olhando de baixo pra cima,/ mas consegui lá chegar,/ no curso de medicina, / eu consegui me formar,/ ai fui pra o engenho do meio,/ “meu” pau duplo procurar.

Agora já estou formada,/ vim aqui te procurar,/precisamos acertar tudo,/ não podemos demorar,/ pois estou ficando louca,/ louquinha para te dar,/ o que lá no matagal, / você queria arrancar./ O bimba dupla falou:/ então vamos aproveitar.

Corremos lá pra o quintal,/ bem no mato a gente fez, / aquilo que nós queríamos,/ fazer a mais de um mês,/ entrou a lingüiça fina,/ o caminho ela já fez, / agora bota a segunda,/ quero tudo de uma vez,/ como você é gulosa!
O churrasco dar pra seis.

Era o churrasco, prometido,/ pelo gordo petroleiro./ Prá gente fazer menino,/ juntando pelo com pelo,/ tem que pedir pra Lilia,/ autorização primeiro,/ sertaneja é mais difícil,/ de se comer sem tempero,/ mas ele comeu mesmo assim,/ Mesmo com muito cabelo.

Agora esta tudo bem,/ eu formada em medicina,/ meu caçula também é,/ doutor, e ainda me ensina,/ o mais velho advogado,/ delegado gente fina,/ Bimba dupla aposentado,/ mas está com tudo em cima,/ as duas bimbas estão murchas,/ mas eu cumpro minha sina.

Sou feliz com meus amigos,/ que estão aqui presentes,/ vivemos como irmãos,/ mesmo não sendo parentes,/ amamo-nos de verdade,/ mesmo tristes ou contentes, / portanto gritem agora, / Viva Mira, minha gente! / Parabéns que agora é SEX,/ SAGENÁRIA, diferente.

Nisso eu nunca falei,/ agora devo falar,/ o nome de meu amado,/ É o Elson, podem acreditar,/ sou por ele apaixo- nada./ Isso eu posso jurar./ Minha paixão pelas “duas”,/
nunca vai desmoronar,/ Porque sem ela não vivo,/ sem elas vou me acabar.

Mirandiba terra minha,
Isso; esqueço jamais,
Rica terra sertaneja,
Índio aí tem demais,
Agora vou confessar,
Nela nasceu o meu pai,

Todos gratos a você,
Onde a chuva nunca cai,
Recordo-me de ti feliz,
Reconheço-te muito mais,
Es, do sertão a mais bela,
Semente dos pedregais.

Na vida temos amigos,
Uns deles aqui estão.
Nivaldo meu bom amigo,
Eu estou em atenção,
Serei a ti muito grata,

por essa recordação,/ recebas um grande abraço,/ dessa velha sessentão,/ - sei que tens por mim carinho,/
no fundo do coração.

SOMENTE PARA TI


NELMA

Quando o dia está bem claro,
Com um céu muito bonito,
aí esta tudo escrito,
nos livros da escritura,
nasce uma criatura,
entre todas a mais bonita,
porque será uma artista,
a melhor em qualidade,
a que tem a lealdade,
como seu lema geral,
a artista principal,
da peça que é a vida,
nunca se cansa da lida,
porque a saga lhe ensina,
que permanecerá menina,
para parentes ou amigos,
è assim que eu lhe digo,
o caminho que ela faz,
sempre olhando pra traz,
olhando o rastro bonito,
iluminando seu dito,
COMO UM COMETA REAL.

Parabéns pelos seus XLV ano de vida!

Seus pais e filho.

domingo, 14 de março de 2010

A BORBOLETA DAS NEVES


Quase sempre víamos mulheres reunidas na praça da matriz, eram as mulheres dos pescadores, que se agrupavam, esperando seus maridos que tenham se aventurado mar adentro, na labuta de seus dias cansativos, a espera de peixes que pudessem saciar a fome de seus filhos e trazer produtos para a venda nos mercados.
Não se podia afirmar que todas eram casadas, isso porque dentre ela estava a Maria. Uma linda morena de pele curtida pelo sol e pelo sal do mar era a única solteira dentre todas. As demais costumavam chamá-la para alegrar suas conversas, de fato, a Maria era a alegria de todas, víamos sempre ela recebendo abraços das amigas.
O assunto daquela conversa alegre era sempre as histórias contadas pela Maria, as quais versavam sempre sobre borboleta (a qual ela chamava de minha borbuleta), e pelo visto ela sabia contar essas histórias de uma forma muito bem humorada, isso porque a cada conclusão as outras se desmanchavam em gargalhadas, aguçando a curiosidade dos que ao longe observavam o grupo.
E quando no final das tardes os barcos e jangadas estavam se aproximando da praia, o assunto era encerrado, todas corriam ao encontro de seus amados, menos a Maria, que ficava sentada, rindo e distribuindo bom humor para todos, e logo estava cercada pelos jovens que também eram pescadores, que a rodeavam e com ela entre eles dirigiam-se a suas casas.
Pesquisamos então, o que faz da Maria uma pessoa tão carismática? E descobrimos por que.
A Maria não era simplesmente Maria; morena fogosa, morena faceira, morena bonita, morena alegre. Era a Maria das Neves, ou apenas Maria ou ainda (para os mais próximos) a Das Neves. A Das Neves que alegrava as noites dos pescadores solteiros da vila, e que segundo ela possuía a “borbuleta”, mais vibrante, aquela que (para ela), fazia os jovens saírem voando, quando deixavam seus braços, e garantia a Da Neves que nunca nenhum homem que tenha tido contato com sua “borbuleta”, tenha conseguido esquecê-la, e por mais que ele tentasse, sempre sonhava em estar deitado ao lado da Maria, apreciando aquela belíssima e fogosa borboleta.
Até hoje, vemos na praça da matriz, reunidas as mulheres dos pescadores, que adoram ouvir da Maria das Neves as histórias de suas noites de amante prefeita, onde a atriz principal é a famosa.
BORBOLETA DAS NEVES.