Não
achamos-nos tão inteligentes? Mas às
vezes nos esquecemos de que a vulnerabilidade esta presente nos momentos mais
inesperados de nossos dias, pregando-nos peças que podem ate dar causo.
Estávamos
em férias (eu, minha esposa e um neto), viajando pelo Sul e Sudeste do país
visitando nossos filhos e netos, onde juntos passamos momentos inesquecíveis.
Mas
vamos ao nosso causo.
Quando
de volta a nosso Estado aqui no Nordeste, foi uma verdadeira maratona, dez horas
de viagem de ônibus, para em seguida viajarmos mais quatro de avião, isso com
direito a escala e espera entre embarques.
Já
não somos mais tão jovens como há trinta anos, então resolvemos que no
intervalo entre os embarques ônibus/avião, pousarimos em um hotel na capital do
estado do Paraná, (para quem não sabe Curitiba); por sinal uma cidade belíssima
com infraestrutura de deixar Nordestino de queixo caído.
Chegamos ao hotel, a 5:30k da manhã, na
portaria após fazer Check-in, (admissão ou entrada), recebemos das mãos do
atendente, o cartão magnético que daria acesso ao apartamento 108, onde
pousaríamos por 12 horas, para o descanso devido ao corpo já não tão jovem.
Adentramos no AP. utilizando o cartão
assim como fizemos o mesmo para acionarmos as luzes elétricas (é claro).
E o ar condicionado como vás
ligar? (Perguntou a esposa).
Ora, da mesma forma; usando o cartão
magnético!
Voltei a colocar o mesmo no local
devido e solicitei que ela acionasse o botão que estava no espelho da cama.
Esperamos um pouco, o aparelho não funcionou.
Não é assim! Liga para a portaria e pergunta como fazer
(disse ela).
Isso nunca! (retruquei), afinal de
contas somos Nordestinos e não burros, tenho que descobrir como a coisa funciona
sem o ensinamento de Filho da Puta nenhum.
Olhei parta o relógio, marcava seis
horas e trinta minutos.
Ela calmamente abre as janelas e uma
brisa aconchegante entra no AP; então ela se deita para descansar e se recuperar
da noite sem dormir, e eu fico tentando ligar o ar condicionado.
O tempo passa; 9:00h, ela acorda.
Saímos para o desjejum.
Voltamos ao apartamento por volta de
10:00h; ela foi arrumar as roupas para a
viqagem, e eu voltei a tarefa de descobrir como ligar o ar condicionado.
Catorze horas. - Procuramos um restaurante para almoçarmos.
Demos uma volta pelos arredores do
hotel, 15:30h voltamos.
Ela se encarregou dos finalmente; preparação
para irmos ao aeroporto de onde partiríamos para a última etapa de nossa viagem;
a volta.
E eu voltei ao trabalho de “detetive
perito”, naquele momento, com a intenção única de descobrir ao menos um
vestígio que pudesse indicar onde o botão de acionar o ar condicionado estava
colocado.
Dezessete horas e trinta minutos. Soa o
telefone do AP; era o rapaz da portaria, comunicando que o taxista já havia
chegado e estava a nossa espera.
Descemos confirmamos a check-out, (saída),
apanhamos o taxi e fomos em direção do aeroporto.
Eu totalmente cansado, por ter passado
quase doze horas em um hotel as quais deveria ter descabeçado, mas substitui
esse por uma caçada inglória.
Por outro lado com o orgulho de
nordestino totalmente preservado,intocável,
isso porque não pedi ajuda ha Filho
Da Puta nenhum, para ligar o Filho
Da Puta do Ar condicionado.
Juro-lhes que um dia qualquer,
voltarei lá, e sem ajuda nenhuma, vou ligar aquele maldito AR CONDICIONADO.
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