sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

E o ar condicionado?




Não achamos-nos tão inteligentes?  Mas às vezes nos esquecemos de que a vulnerabilidade esta presente nos momentos mais inesperados de nossos dias, pregando-nos peças que podem ate dar causo.

Estávamos em férias (eu, minha esposa e um neto), viajando pelo Sul e Sudeste do país visitando nossos filhos e netos, onde juntos passamos momentos inesquecíveis.

Mas vamos ao nosso causo.

Quando de volta a nosso Estado aqui no Nordeste, foi uma verdadeira maratona, dez horas de viagem de ônibus, para em seguida viajarmos mais quatro de avião, isso com direito a escala e espera entre embarques.

Já não somos mais tão jovens como há trinta anos, então resolvemos que no intervalo entre os embarques ônibus/avião, pousarimos em um hotel na capital do estado do Paraná, (para quem não sabe Curitiba); por sinal uma cidade belíssima com infraestrutura de deixar Nordestino de queixo caído.

Chegamos ao hotel, a 5:30k da manhã, na portaria após fazer Check-in, (admissão ou entrada), recebemos das mãos do atendente, o cartão magnético que daria acesso ao apartamento 108, onde pousaríamos por 12 horas, para o descanso devido ao corpo já não tão jovem.

Adentramos no AP. utilizando o cartão assim como fizemos o mesmo para acionarmos as luzes elétricas (é claro).

E o ar condicionado como vás ligar?  (Perguntou a esposa).

Ora, da mesma forma; usando o cartão magnético!

Voltei a colocar o mesmo no local devido e solicitei que ela acionasse o botão que estava no espelho da cama.

Esperamos um pouco, o aparelho não funcionou.

Não é assim!  Liga para a portaria e pergunta como fazer (disse ela).

Isso nunca! (retruquei), afinal de contas somos Nordestinos e não burros, tenho que descobrir como a coisa funciona sem o ensinamento de Filho da Puta nenhum.

Olhei parta o relógio, marcava seis horas e trinta minutos.

Ela calmamente abre as janelas e uma brisa aconchegante entra no AP; então ela se deita para descansar e se recuperar da noite sem dormir, e eu fico tentando ligar o ar condicionado.

 O tempo passa; 9:00h, ela acorda.

Saímos para o desjejum.

Voltamos ao apartamento por volta de 10:00h;  ela foi arrumar as roupas para a viqagem, e eu voltei a tarefa de descobrir como ligar o ar condicionado.

Catorze horas.  - Procuramos um restaurante para almoçarmos.

Demos uma volta pelos arredores do hotel, 15:30h voltamos.

Ela se encarregou dos finalmente; preparação para irmos ao aeroporto de onde partiríamos para a última etapa de nossa viagem; a volta.

E eu voltei ao trabalho de “detetive perito”, naquele momento, com a intenção única de descobrir ao menos um vestígio que pudesse indicar onde o botão de acionar o ar condicionado estava colocado.

Dezessete horas e trinta minutos. Soa o telefone do AP; era o rapaz da portaria, comunicando que o taxista já havia chegado e estava a nossa espera.

Descemos confirmamos a check-out, (saída), apanhamos o taxi e fomos em direção do aeroporto.

Eu totalmente cansado, por ter passado quase doze horas em um hotel as quais deveria ter descabeçado, mas substitui esse por uma caçada inglória.  

Por outro lado com o orgulho de nordestino totalmente preservado,intocável,  isso porque não pedi ajuda ha Filho Da Puta nenhum, para ligar o Filho Da Puta do Ar condicionado.

Juro-lhes que um dia qualquer, voltarei lá, e sem ajuda nenhuma, vou ligar aquele maldito AR CONDICIONADO.                                                                                                              

Nenhum comentário:

Postar um comentário