Tento ver o horizonte através da fumaça que
se aparece diante
de
meus olhos.
Nada vejo, mas sei perfeitamente,
que esta ali,
bem a minha frente;
a uma distancia
indefinida.
Forço a visão.
Nada.
Continuo ali diante do
nada,
com a esperança que o vento brando
leve consigo
a névoa.
Esperarei o tempo
que for necessário.
Tenho certeza de que em
breve
voltarei a ver a limpidez da luz.
E vou ver que os
caminhos continuam
no mesmo lugar;
a espera que outros viandantes
como eu
possam seguir adiante.
De repente:
a incerteza perde o
lugar para a
esperança,
o futuro é o presente,
o agora,
o já.
Os ideais multiplicam-se.
Dissipam-se
as fantasias
incoerentes..
Novas formas passam
a comandar
o sentido real das coisas.
E os vazios do desamor,
e da incompreensão
são
substituídos
por esperanças
que nos fazem
entender melhor a vida.
É a
explosão do amor.
É a vida.
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