sábado, 2 de junho de 2012
PAGINAS DA VIDA VI – O CELULAR
Esse relato não se deve comparar aos causos de “Páginas da Vida”, editados anteriormente; nesse caso as coisas acontecem de forma um tanto quanto diferente, apesar das pessoas aqui envolvidas não serem pescadores profissionais, apenas turistas que se deram ao lazer, em terras poucos exploradas, mas que de maneira tranqüila assimilaram a forma de relatar causos da vida quase real.
Fui apresentado a alguns senhores que tinham acabado de fazer um safári ecológico pela região norte do país, especificamente na Amazônia, onde passaram 12 dias de aventuras em observação aos animais da grande floresta, e se sentiram felizes em fotografar e observar aquelas belezas que só se encontra na imensa floresta tropical.
Expliquei aos senhores que estava escrevendo sobre as aventuras de pessoas, que em momentos difíceis tiveram e sagacidade de se sair de situações estranhas usando sua inteligência.
Então perguntei se nessa excursão tinham se encontrado de alguma forma em a “saia justa”, e como conseguiram se sair de forma mais inusitada; então ouvi deles o seguinte relato.
Em certa manhã saímos de barco para explorarmos a pesca, “sem que tivéssemos que ficar com nada pescado”, tudo deveria ser devolvido ao rio.
No barco estávamos em três; eu (Sávio) meu amigo o Dimas e mais o * Itinga (nosso guia), um mestiço que conhecia bem, a floresta e os rios da região.
Durante toda a manhã navegamos a procura de um lugar ideal para a pesca, finalmente por volta da onze horas paramos para iniciarmos nossa jornada de pescadores amadores, o Itinga nos deixou e saiu para explorar o lugar, ali ficamos, sem nos importarmos com a hora, quando demos por nós já passava das dezesseis horas.
Procuramos o Itinga, não estava por perto, chamamos por ele; nada de resposta, colocamos a mão em concha e gritamos seu nome, nenhuma. Resposta. Estávamos definitivamente perdidos.
O Dimas começou a se enervar e eu fui contagiado pelo seu nervosismo.
Então lembramo-nos. O guia tem um celular e nos passou o numero; ato contínuo; saquei o meu aparelho e fiz a ligação, foi quando ouvi um sinal de “bateria descarregada”. - Aí; o Dimas gritou: estamos definitivamente sozinhos, nunca mais sairemos d’aqui. Então me lembrei de que quando “escoteiro” havia ouvido falar que na Amazônia tudo se resolvia tirando da floresta e dos rios o que se precisa para sobreviver.
Pedi ao Dimas que ficasse calmo que eu resolveria o problema. Com bastante calma me dirigi a um igarapé, e procurei o que estávamos precisando, (e logo encontrei). - Ali bem pertinho, na margem do igarapé estava ele.
Um *Poraquê. De imediato peguei-o; encostei sua calda na bateria do celular que sofreu a descarta elétrica do peixe, carregando imediatamente.
Então fizemos a ligação para o Itinga, que imediatamente nos socorreu e nos deu condições de estar contando para o amigo essa aventura.
E assim repassamos para vocês mais uma de muitas “Paginas da Vida”.
- * Itinga (Rio de águas claras).
- * Poraquê (peixe elétrico)
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