domingo, 20 de setembro de 2009

Grandes versos



I
E foi naquele domingo,
eu voltava da matriz,
recebi uma noticia
que me deixou bem feliz,
amigo não desmaie
foi apenas por um triz

II
O meu genro afobado,
me falou todo contente
vás ganhar mais um netinho
um garoto imponente
se puxar ao velho pai
no mínimo será regente

III
É que meu querido genro
é tocador de viola
como um cara sonhador
meio bobo da cachola
tem filho nessa idade?
só podes ta ruim da bola

IV
Minha filha toda eufórica,
disse esse vai vingar
depois de três tentativas,
esse não vai escapar
vou direto pra igreja,
pra santa Rita rezar.

V
Comuniquei pros parentes
a noticia colossal
vou completar dez netinhos
isso vai ser bem legal
vai ser cachaça de rodo
lá no fundo do quintal.

VI
Minha veia bem tranqüila,
disse, calma com o andor
leva ela rapidinho,
pra conversar com o doutor,
se ele disser que sim,
deixe que o enxoval eu dou.

VII
Minha filha enjoada
dizendo assim não dá
vou pedir pro violeiro,
ir dormir lá no sofá
se ele ficar em cima,
vai ser difícil agüentar.

VIII
Meu genro disse, meu sogro
não vamos exagerar,
sua filha esta enjoada,
não me deixa nem cantar,
não vou passar nove meses,
sem com ela me deitar?

IX
Muita calma nessa hora,
muita calma por favor,
primeiro leve pro posto,
ver o diz o doutor,
e se for menino mesmo,
vou chamá-lo de Nestor.

X
Minha alegria coitada,
durou apenas três dias
é que o meu netinho,
foi apenas fantasias,
de dois bobos sonhadores
que só vivem em euforias

XI
É que o medico do posto
disse assim não agüento,
chamou os dois num cantinho,
e falou meio ronhento
paciente aqui sou eu,
nesse bucho só tem vento.

XII
Quando falei pra mulher,
o que disse o doutor,
rimos tanto nessa hora,
que tive até uma dor,
trocaram um violeiro,
por um homem compressor.

XIII
Eu estou ficando brabo,
mas ficando muito atento,
nesses dias mato um,
mesmo que seja bem lento,
se ouvir alguém dizer,
esse é avo do vento.

XIV
Mesmo assim estou feliz,
sabendo que é resenha,
vou rezar pra Santa Barbara,
e cantar a Malaguenha,
mesmo que seja de vento,
minha fia fique prenha.

Depoimento de Rafaela Kaline Melo (Fadinha) para o avô escritor

Painho,
Primeiramente quero te parabenizar pela sua criatividade, saiba que tenho muita admiração pelo senhor, sou sua fã número 1.
Sempre quis ser escritora quando era pequena, mas agente cresce e os sonhos mudam.
Meu sonho agora é outro.
Por outro lado o senhor realizou o meu sonho de ser escritora, porque mesmo eu não escrevendo os seus contos, mas sei que alguém ta escrevendo eles e esta sendo admirado por aquela pessoa que um dia teve o sonho de ser o que hoje você é.
Painho, EU TE AMO DEMAIS!!

Pretérito, presente e futuro


Quando paramos para estudarmos algo, nos deparamos quase sempre com coisas que, a partir daquele momento para nós, torna-se polemicas; senão vejamos.
Pretérito = passado, o que (foi), o que passou, tempo verbal que exprime passado, ou que aconteceu anteriormente.
Presente = o que é, o que esta acontecendo, o agora, o momento, a ocorrência no exato instante que acontece, tempo do verbo que indica o que esta acontecendo.
Futuro = tudo que ira acontecer, o que há de vir a ser, vindouro, acontecimento que ocorrerá, tempo do verbo que designa uma ação que ainda há de se realizar.
Para nós o passado nada mais “foi” que um dos dois únicos tempos verbais, o passado começa no exato instante em que esta ocorrendo o fato; quando você, por exemplo, pronuncia uma palavra, ou verifica algo que esta acontecendo, (aconteceu, e pronto), o que era presente naquele exato momento, passou a ser passado, (também naquele exato momento), porem com a “característica de presente.
Então estamos vivendo no passado?
Podemos criar uma simbologia, vivemos realmente no passado, isso porque a cada momento de nossa vida estamos no passado, consubstanciados por um futuro real, que nada mais é que o presente.
O presente é apenas uma fração de segundos, é por isso que não podemos medi-lo, é um intervalo tão pequeno que foge completamente ao alcance de nosso entendimento. O presente só ocorre em períodos longos quando é mensurado; (exemplos), estamos vivendo o terceiro milênio, século XXI, ano (dizer o ano), mês de (dizer o mês), dia (dizer o dia), etc., portanto; terceiro milênio, século XXI, ano, mês, todos são o presente, como a hora, o minuto e o segundo, assim podemos afirmar que o presente é todo o momento, independente de intervalos aos quais estamos vivenciando.
O futuro; é e ou será, tudo que podemos ou não visualizar, para nós ou para outros; quando o alçáramos, imediatamente muda de nome, (tempo), passa a ser presente, em seguida, passado. Nesse tempo verbal, (o futuro), podemos até prever, (daqui a 100 anos o Brasil será um pais do primeiro mundo), ou falarmos de um futuro que para nós nunca acontecerá, (dentro de alguns séculos o IBIS será campeão brasileiro), então chegamos à seguinte conclusão:
Quando criaram os tempos verbais, passado, presente e futuro, estavam querendo apenas que, em algum lugar, em um futuro que agora é presente, e que já (passou); um estudioso como eu, tivesse a coragem de tentar colocar na cabeça das pessoas que agora lêem essa obra prima, que não existe o presente, e que por mais que queiramos o presente, estamos vivendo um futuro que se tornará em breve apenas um passado, (bom ou ruim), dependendo apenas de fazermos que o nosso dia-a-dia, (dia-a-dia= Presente, passado, futuro) sejam sempre auspicioso, para nós, e para outros que nos são caros ou não.

Possuindo-se? Sem medo

Quando a molecada se reunia era um Deus nos acuda, a vizinhança ficava toda em alerta, é que toda aquela garotada que tinha idade entre 14 e 16 anos, não se preocupava em demonstrar toda a sua energia para quem quer que seja, batiam bola no meio da rua, sem se preocupar com nada, se por um acaso quebrassem a vidraça de alguma casa, eles sabiam que os pais sempre ficavam com o prejuízo, contudo eram bons garotos, respeitadores, jamais dirigiam uma palavra de ofensa aos visinhos, não respondiam a ninguém, e estavam sempre dispostos a pedirem desculpas quando necessário.
Dentre eles, alguns se destacavam pelas peraltices que costumavam fazer, e entre eles havia alguém que merecia de vez em quando, uma galhofada por conta de algo que o “da vez” havia cometido, mas em destaque estava sempre o Fernando, garoto magricela, bem falante, totalmente integrado aos demais, nunca se aborrecia com as brincadeiras às vezes maldosas de alguns, mas isso nunca colocava o garoto em atitudes de revolta, os demais afirmavam brincar com Fernando é legal, porque ele não se aborrece com nada.
Mas mesmo sendo totalmente avesso a brigas, o Fernando perdia o controle quando o chamavam pelo apelido, (minhoca de couro), é tanto que, os outros evitavam chamá-lo dessa forma na frente de pessoas que não faziam parte do grupo, diziam: vamos respeitar os limites do magrão.
É que o apelido vinha do tamanho fora do comum da fimose do Fernando, era algo que quando se falava a respeito, todos tinham a mesma opinião; se o rapaz não operasse, ao certo no futuro iria trazer para ele alguma complicação, mas o garoto tinha verdadeiro pavor de, hospital, e quando vinha a tona o tema, ele se recusava terminantemente a discutir o assunto, pessoal, falava ele; não se preocupem, isso não me incomoda de forma alguma. Mesmo quando estas te possuindo? Falava o Alberto, aí todos caiam na gargalhada, e o Fernando era obrigado a se retirar do lugar.
Um dia qualquer, a noite depois de voltar da casa da namorada, o magricela passou pelos colegas que estavam conversando sentados na calçada da casa do Elias, (como faziam todas as noites), apenas emitiu um “gruído”, ao que todos responderam: boa noite pra você também Fernando, aí entre eles alguém falou: ele esta vindo da casa da Edite, (namorada do garoto), e por certo vai para casa possuir-se, isso foi o bastante, o garoto disse um palavrão e foi para casa.
Algum tempo depois, os garotos viram um movimento estranho na casa do Fernando, seus pais estavam nervosos, e se ouvia mesmo fora da casa o choro do Fernando, vindo de dentro do quarto. Todos os amigos correram para saber de que se tratava, o Fernando era filho único e era dele que estavam ouvindo os gemidos, foram ao pai do rapaz para saber o que estava acontecendo com o garoto, o senhor Bernardo, chamou o Alberto (que era o mais próximo da família), e explicou: é que o rapaz resolveu se masturbar, como faz todo garoto de sua idade, no que concordou de imediato o amigo, e como vocês sabem, a fimose do menino é fora do comum, e aí, na euforia do momento ele movimentou a mão com mais violência e o prepúcio, prendeu a glande, causando uma tromba, todos estamos apavorados, sem sabermos como solucionar o problema.
Leve imediatamente para o hospital, que por certo alguém resolverá o caso, e assim o senhor Bernardo retirou da garagem o carro, e saiu em velocidade máxima para o pronto socorro. E dessa forma, por conta de possuir-se, sempre que voltava da casa da namorada.
O Fernando foi operado, resolvendo assim um problema de saúde e ganhando outro, (um problema moral), porque a partir daquela noite o Fernando ficou conhecido como maçã do amor.
Devido ao formato que assumiu sua genitália.
Uma maçã bem vermelha presa em um palito grande e fino.

O verdureiro e a porca


Alguns causos que aqui descrevemos parecem, invencionice do autor, mas posso lhes garantir, são casos reais, catalogados durantes anos a espera de uma oportunidade para ser mostrado para vocês, em alguns momentos de forma bastante séria, em outros colocamos uma pitada de humor, para deixar o leitor totalmente tranqüilo, na análise daquilo que esta lendo.
Em um tarde de sol abrasador, caminhávamos de volta ao trabalho, quando notamos uma aglomeração, onde todos falam ao mesmo tempo, fazendo com que quem se aproxima ficasse sem saber como proceder para fazer parte daquele aglomerado.
Mas essa tarde era diferente, as pessoas olhavam em direção ou centro do círculo, onde se encontrava um senhor, de cabeça branca, cobrindo o rosto com uma das mãos, e chorava sem parar, as vezes emitia gemidos de dor intensa, conheci de imediato a pessoa, era um verdureiro que todas as tardes quando eu voltava para o trabalho, estava ali, descansando sob uma árvore bastante frondosa, que oferecia sua sombra gratuitamente aos que se sentiam cansados.
O senhor era uma figura bastante conhecida por todos, trabalhador incansável, respeitador, bem falante, uma pessoa acima de qualquer suspeita, mas que naquele dia havia “pisado na jaca”, tinha feito uma bobagem, bobagem essa que lhe custou horas de vergonha.
O verdureiro, quando sentou para descansar, avistou bem próximo de sua mão, uma “porca”, (aquela que se põe em parafusos para prende algo), novinha, cujo diâmetro interno correspondia a 1 (uma) polegada, aproximadamente, então o velho verdureiro, introduziu inadvertidamente o “pinto” (órgão genital), no orifício da peça, e com muita calma iniciou um movimento de vai e vem.
E foi aí que se deu mal; o velho vendedor de verduras sentiu que algo de errado estava acontecendo, quis movimentar a bela “porca cromada” ela estava presa, justamente no meio do “pinto”, causando uma trombose, entre a ferragem e a ponta da genitália, foi aí que ele com medo de perder o que restava do velho órgão, "colocou a boca no trombone”, as pessoas foram se chegando e tentando ver como ficou a coisa, mas o velho não permitia. Vamos levá-lo ao pronto socorro, falei; é a única forma de aliviarmos velhote, (e assim o fizemos).
No atendimento de emergência, tentaram de todas as formas livrarem o senhor de tamanho constrangimento, o que não foi possível, nas formas médicas, mas, foi encontrada uma solução, a qual foi posta imediatamente em pratica; levemos o verdureiro para a oficina, que só assim livraremos o coroa da “porca”. Nada disso gritou o verdureiro. Então amigo, vás perder o “bingulim”, (falou o médico).
Dessa forma, o serralheiro, (bastante brincalhão), teve seus 15 minutos de fama, serrando calmamente a porca presa no meio da genitália vermelhona do verdureiro, que emitia gritos de dor quando a porca ficava quente, e o serralheiro, jogava água gelada sobre o “pinto deformado”, do velhote.
Todo o ritual durou quase duas horas, com o verdureiro totalmente molhado de suor, (da cintura para cima) e de urina e água gelada, (da cintura para baixo).
E uma platéia de médicos (as), enfermeiros (as), auxiliares, serralheiros, e funcionários, as gargalhadas assistiam ao martírio do velho, que prometia aos berros, nunca mais se apaixonaria por uma “porca”, por mais nova que ela fosse.