quinta-feira, 1 de março de 2012

A PEDRA MAGICA


No reino do faz de conta,
Em um lugar bem distante
Aconteceu essa historia
Que é muito interessante
É quase um conto de fada
Que vai aqui ser narrada
É um caso eletrizante.

Vivia aquele reino
Dias de muita alegria
Na rua o povo cantava
Era aquela euforia
A princesa ia casar
Era bom se alegrar
Porque todo mundo ia.

O noivo era o herdeiro
De um reino diferente
Onde o povo era bem triste
Porque o rei era ausente
E o príncipe herdeiro
Era louco por dinheiro
Mas era meio demente.

A princesa não sabia
Como era seu prometido
Sabia que era um príncipe
De um lugar meio escondido
Mas ela só protestava
De seu jeito adivinhava
Um futuro indefinido.

Certo dia lá na praça
A bela noiva foi vista
Passando em carruagem
Parecia uma artista
Seguida por dez soldados
Montando cavalos alados
E pondo o povo em revista.

Então para seus espantos
A comitiva parou
E a princesa desceu do trole
E pra o povo assim falou:
Meus súditos e bons amigos
Prestem atenção no que digo
Acho que meu pai falhou.

Porque estou prometida
Para quem eu não conheço
Não temos informação
Nem do fim nem do começo
De quem será meu marido
Que pra mim tá escondido
Desse jeito eu enlouqueço.

Foi aquele alvoroço
No meio daquela praça
Todos se compadeciam
Antevendo a desgraça
Foi aí que se ouviu um grito
Para não ter um conflito
Vamos criar uma farsa

Mas que farsa vai ser essa
Perguntou logo a princesa
Como nós vamos mudar
Os pratos que estão na mesa
- Digas que tivestes um sonho
Foi daquele tão medonho
Que assombrou a nobreza.

Digas que só podes casar
Mas com o homem mais valente
Desse que possa trazer
Pra ti um belo presente
Não um presente comum
Dos que em mil se encontre um
Algo belo e diferente.

O desejo da princesa
Muito rápido se espalhou
E o príncipe prometido
Aos gritos só protestou
Não vou abrir minha mão
Vou comprar um presentão
Mas alguém assim falou.

Comprar presente, pra que?
Se a princesa só casa
Com quem trouxer um presente
Desses que tudo arrasa,
Portanto caias no mundo
Tire a ferrugem do fundo
Mas traga o presente em brasa.

E do outro lado do mundo
Num lugar quase esquecido
Um rapaz muito educado
Mas daqueles decidido
Resolveu participar
E saiu para caçar
O presente prometido.

Seu pai era lavrador
Então falou pra o rapaz
Tenha cuidado meu filho
Porque isso é demais
Se vás sair pelo mundo
Não esmoreça um segundo
Que por certo casaras.

Então pegou seu cavalo
E entregou para o filho
Deu pra ele um bizaco
Contendo nele um polvilho
E disse só podes usar
Se alguém quiser tirar
Do teu caminho o trilho.

O rapaz agradeceu
E prometeu para o pai
Vou chegar aqui casado
Porque sou um samurai
Comigo trago a princesa
E pode ter a certeza
Chego gritando Banzai.

Durante mais de cem dias
Esse rapaz galopou
Subia montes e descia
Ate que um dia chegou
Em frente a um grande rio
E quando parou ele viu
Foi ali que ele aportou.

Viu que lá dentro do rio
Algo estranho reluzia
Queria saber o que era
Vou pegar ele dizia
Então saiu a nadar
Ate poder encontrar
Aquilo que ele queria.

Era uma pedra brilhante
De uma cor amarela
Ela mudava de tom
Se alguém olhava nela
Olhou e viu a princesa
Com toda sua beleza
Debruçada na janela.

Quando já ia voltar
Algo estranho aconteceu
Saiu do rio uma cobra
Ai ele se benzeu
Jogou nela aquele pó
E a cobra de cipó
Logo desapareceu.

Então veio lá de cima
Um lagarto voador
Ele lhe mostrou a pedra
Então o bicho voltou
Deu um grito estridente
Desse que espanta gente
O rapaz então gostou.

Foi ai que o samurai
Jogou o pó no cavalo
Então ele criou asas
Como asas de um galo
Com penas bem coloridas
E pontas muito compridas
E perguntou: eu disparo?

Em menos de quatro horas
Voaram ate o destino
Quando chegou encontrou
Tudo em grande desatino
Tinha muitos pretendentes
Querendo se mostrar valente
Mostrando presente fino.

Ficou muito preocupado
Foi o ultimo a chagar
Os portões foram fechados
Porque não tinha lugar
Pra colocar tanta gente
Todos eles pretendentes
Par princesa desposar.

Então ficou acertado
Tudo pelo soberano.
Quero que todos coloquem
Seus presentes em um pano
Não pode ser mais de um
Porque é caso incomum
Não entrem em desengano.

O samurai colocou
Sua pedra em um pano preto
E colocou o seu nome
Todo feito um folheto
Como se fosse um cordel
Pôs o melhor papel
E esperou o efeito.

O pano preto causou
De todos, muita atenção
Porque pulava da mesa
E voltava para o chão
Saia de dentro uns raios
Que provocava desmaios
Naquele que punha a mão.

E quando a princesa abriu
E viu a pedra amarela
De brilho tão reluzente
Quis logo ficar com ela
Foi falando para o rei
Agora meu pai eu sei
Encontrei minha costela!

Então chamaram o rapaz
Que trouxe aquele presente
Ele veio em disparada
Se apresentou bem contente
Beijou a mão da rainha
E no rei deu um tapinha
De forma bem diferente.

Era o costume da terra
Cumprimentar o rei com uma tapa
Dada com muito carinho
Pra sacramentar uma etapa
Que se iniciavam agora
Entre senhor e senhora
De uma forma pacata..

Foram iniciadas as festas
Desse novo casamento
Durariam trinta dias
A partir desse momento
O novo casal teria
Dias de muita alegria
Nesse acontecimento.

Então reinaram os dois
Com muita sabedoria
Tiveram mais de dez filhos
Criados na mordomia
E os súditos do casal
Nunca passaram mal
Pois cresciam dia a dia

E no reino do faz de conta
Cada um tem seu papel
Tanto o Rei quanto a Rainha
Vivem em lua de mel
Pois sabiam da vitoria
Que um dia sua historia
Estaria nesse CORDEL

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